Acidentes comuns em campo de trabalho – Como evitá-los?

By sstreinamentos In Acidentes No comments

Quando falamos em trabalho, uma coisa que não costuma ficar de fora é a questão dos acidentes. Para cada ofício existente, há uma certa quantidade de risco que varia de acordo com o lugar em que ele é realizado e com as ferramentas, objetos e maquinários que são utilizados. Nesse sentido, vamos buscar entender quais são os acidentes mais comuns no campo de trabalho e como evitá-los.

Segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, no período entre 2012 e 2018, foram registradas aproximadamente 4,5 milhões de notificações sobre acidentes de trabalho no Brasil, sendo que 16.455 mil resultaram em morte, e mais de 1,5 milhão, em afastamento. São informações que demonstram tamanha recorrência desse tipo de situação em áreas de atuação.

Os motivos são inúmeros, variando desde falta de atenção, preparo e conhecimento até problemas inesperados. No entanto, o número que foi citado no parágrafo acima pode ser reduzido drasticamente se algumas dicas, ajudas e ideias forem repassadas adiante, e é exatamente isso que nós trouxemos para este blog. Veja agora como evitar alguns dos acidentes de trabalho mais frequentes:

1. Alergias e dermatoses

Durante o expediente, grande parte dos trabalhadores ficam expostos a produtos ou situações, como tintas, sol, cimentos, poeiras, entre outros que podem desencadear reações alérgicas leves ou graves, mas que se enquadram como acidentes. Nesse sentido, para evitar é preciso:

  • Seguir a NR-12 (Trabalhos a céu aberto);
  • Usar todos os equipamentos de proteção individual necessários para a realização do serviço;
  • Realizar avaliações individuais prévias para saber se, por natureza, algum indivíduo não pode operar com certos produtos.

2. Descargas elétricas

Alguns trabalhos costumam ser realizados em locais precários e com estruturas elétricas malfeitas, o que aumenta em muitas vezes as chances de alguém se acidentar com choques, além de, claro, a falta de atenção individual, que conta bastante. Assim, para evitar problemas com choques, é necessário:

  • Uso dos EPI’s contra choques;
  • Checar os estados das ligações e estruturas elétricas;
  • Analisar possíveis riscos que a situação oferece;
  • Ter atenção com conglomerado de equipamentos em uma mesma extensão;
  • Seguir as diretrizes da NR-10 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade).

3.  Surdez ou perda auditiva

Por existirem trabalhos que exigem o contato com agentes químicos, biológicos e o manuseio constante de grandes equipamentos (utilizados em lugares que, às vezes, “amplificam” o som), os casos de perda auditiva e até mesmo surdez, são bem recorrentes. Assim, para que isso não aconteça, deve-se:

  • Utilizar protetores auriculares;
  • Monitorar a intensidade sonora e a perda auditiva dos operários;
  • Promover constante manutenção dos equipamentos;
  • Respeitar as diretrizes da NR-12 (Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos);
  • Isolar dos ruídos com cabines ou estruturas apropriadas.

4. Lesões por Esforço Repetitivo e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

As conhecidas LER’s e DORT’s consistem em doenças ocupacionais causadas pela realização de movimentos repetitivos, levantamento excessivo de peso e ausência de cuidados com a questão ergonômica, por exemplo. Portanto, é indispensável:

  • Uma conscientização sobre a postura e operação com objetos pesados;
  • O incentivo do trabalho em equipe;
  • Ginástica laboral e preparo físico para as atividades;
  • Pausas concisas durante o trabalho;
  • Ter condições ergonômicas corretas.

5.  Quedas de altura

Não é preciso detalhar muito sobre a questão de trabalhar em alturas mais elevadas, uma vez que se trata de operações frequentes e perigosas, exigindo toda atenção tanto coletiva quanto individual. Assim, para evitar acidentes, é interessante:

  • Usar os EPI’s e EPC’s adequados para operações em altura;
  • Verificar, avaliar e fazer a manutenção de todos os equipamentos de segurança;
  • Manter toda a obra limpa e organizada quando for preciso atuar em alturas;
  • Sinalizar riscos, possíveis problemas, buracos, beiradas e tudo que envolver a segurança individual e coletiva.

6.  Corte, laceração, ferida contusa, punctura.

A falta de controle sobre os maquinários, equipamentos perfurantes, ferramentas cortantes ou atuação em áreas com planícies e condições irregulares, por exemplo, são motivos comuns causadores de cortes, lacerações e feridas. Nesse sentido, é possível evitar tal situação com:

  • Respeito ao que prega a Norma Regulamentadora de número 12;
  • Uso dos EPI’s corretos para prevenir os riscos que o ambiente, os maquinários e as ferramentas oferecem;
  • Realização de uma Análise Preliminar de Risco detalhada;
  • Orientação e supervisão do uso dos equipamentos mais agressivos.

Esses são alguns dos acidentes mais comuns em campo de trabalho que, sem dúvidas alguma, merecem uma atenção extra. Portanto, foi pensando neles, na integridade dos colaboradores e na questão geral de Segurança do Trabalho que decidimos abordar esses tópicos em específico. Atente-se para cada risco e problema que um trabalho pode oferecer e previna-se adequadamente. Sua vida vale ouro!

Caso você tenha dúvidas ou sugestões, deixe aqui nos comentários!