Uma das melhores maneiras de controlar e prevenir acidentes é ter total ciência dos riscos, de seus potenciais problemas e, claro, controlá-los. Dependendo da gravidade do acontecimento no campo de trabalho, tudo pode sair muito caro, seja para a empresa ou para o empregado. Vidas estão em jogo a todo instante durante o serviço, e é exatamente por isso que todo cuidado é pouco.

Acidentes de trabalho implicam em indenizações a serem pagas pela empresa, afastamento de funcionários, redução da produtividade geral, multas, entre vários outros problemas. Como casos assim são, teoricamente, comuns em campo de serviço, foram desenvolvidos projetos para tentar mudar esse panorama caótico. Assim sendo, como uma das primeiras medidas, tivemos o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR).

O PGR, como diz o próprio nome, é um programa em forma de documento que visa, por meio de ações e procedimentos necessários, controlar os riscos para evitar acidentes. Como parte de sua base de construção, ele é formado por dois itens:

• Inventário de riscos: aponta todos os riscos presentes no ambiente e o nível de cada um. A partir dele, é gerada uma matriz ou planilha de riscos;

• Planos de ação: estrutura que a empresa adota para lidar com as medidas de prevenção necessárias ao controle do risco.

Veio, porém, no fim de 2019, uma aprovação via texto que informou mudanças na questão do PGR. Ele deixaria de ser um programa único para integrar uma espécie de anexo, de norma, isto é, algo maior, conhecido como Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).

O QUE É O GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS?

Enquanto o PGR consiste em um conjunto de técnicas e ações para prevenir acidentes de trabalho, o GRO se trata de uma estratégia completa desenvolvida com o objetivo de orientar e guiar empresas e colaboradores sobre o mapeamento, gerenciamento e fiscalização de possíveis riscos no ambiente de trabalho. É, como dito, uma norma, um conjunto de regras.

Embora muitas coisas já foram decididas e orientadas, ainda não houve nada que tornasse o sistema aplicável por si só, mas isso até o dia 9 de março de 2020. Nessa data foi sancionada a mais nova versão da NR 1, que aborda as diretrizes que as empresas devem seguir e o gerenciamento de riscos ocupacionais. Como você pode ver, é ela quem será a responsável por transformar os pareceres em uma realidade. Falamos “será”, pois só entrará em vigor em março de 2021. Entretanto, não deixa de ser uma grande mudança.

COMO FUNCIONA O GRO?

Como prega a nova NR 1, o GRO é o centro de gestão de riscos de uma organização que irá implicar em várias ações para evitar e prevenir acidentes de trabalho. Nesse sentido, faz parte do sistema GRO:

• Avaliação de risco
• Levantamento de perigos
• Identificação de perigos
• Medidas de prevenção
• Preparação para emergências
• Outros programas
• PGR
• Plano de ação
• Inventário de risco
• Critérios da NR 17
• Entre outros pontos

Portanto, como fica claro, a GRO é de extrema importância para uma empresa pelo fato de coordenar a sistematização do estudo, análise e prevenção de risco, tornando o ambiente de trabalho inúmeras vezes mais seguro e preparado. O PGR, enquanto programa único, não é suficiente para evitar uma cadeia de acidentes e outros aspectos que também estão envolvidos com riscos e com a saúde dos colaboradores. É preciso algo mais elaborado e detalhado.

Então, não deixe de aplicar esse agrupamento de diretrizes que fazem a diferença. Vidas não são brincadeiras e merecem toda a atenção do mundo. Esperamos que o conteúdo tenha sido útil, objetivo, e, claro, atendido as suas expectativas.